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Roteiro: São Miguel, Açores (3 dias)



Não podíamos dizer que têm mesmo que ir aos Açores e aliciar-vos com orçamentos apetecíveis sem vos apresentar o nosso roteiro por São Miguel. Vou tentar não me alongar muito e ser selectiva na escolha das fotos, mas são ambas tarefas difíceis. O que não é difícil é tirar boas fotos em São Miguel, com aquelas paisagens lindíssimas...

Vamos lá então a isso. Como já vos tínhamos dito, fomos a São Miguel durante três dias inteiros, em Abril de 2015. Talvez não tenha sido a altura do ano mais indicada - senti falta das hortênsias a cobrir as paisagens - mas quanto ao tempo propriamente dito, as variações são constantes ao longo do dia, portanto não me parece que haja meses mais ou menos indicados para o fazer. Apanhámos sol, nevoeiro e chuva, tudo no mesmo dia. E já quando lá estive em Agosto foi igual...

O nosso voo chegou no primeiro dia logo pelo início da manhã, o que nos permitiu aproveitar o dia ao máximo. O carro que tínhamos alugado estava à nossa espera no aeroporto (é impossível percorrer toda a ilha sem alugar um carro) e seguimos logo daí para os primeiros pontos do nosso roteiro. Também no aeroporto, conseguimos num dos balcões de informações um mapa detalhado e um pequeno livro com o roteiro turístico.

Dia 1

Seguimos directamente para a zona de São Roque, mais precisamente para Rosto de Cão.


Daí, seguimos para a Fajã de Baixo, onde é possível visitar as plantações de ananás dos Açores. Visitámos a Quinta das Três Cruzes, que oferece uma visita guiada às estufas. Ficámos a saber que o tempo de produção de um ananás é de cerca de um ano e meio!



Nas várias estufas é possível conhecer os vários estágios de desenvolvimento do ananás, enquanto nos explicam as tarefas associadas à produção. A plantação tem também uma pequena loja onde é possível comprar não só ananases como também outros produtos associados (licores, doces, rebuçados, etc.).

Depois da visita, atravessámos a ilha até Ribeira Grande, onde visitámos a Ponte dos Oito Arcos, a caminho de Santa Bárbara.




Da praia de Santa Bárbara rumámos a Rabo de Peixe, a zona mais pobre de São Miguel. Pelo caminho, fomos parando nos vários miradouros e sempre que a paisagem o exigia.


Almoçámos no restaurante O Pescador, em Rabo de Peixe, onde fomos muito bem atendidos. Comemos uns filetes deliciosos e ainda saímos de lá com excelentes indicações para encontrar a famosa arte urbana de Rabo de Peixe. 


Se têm a mesma questão, é muito simples: basta contornar a zona marginal de Rabo de Peixe perto do Porto de Pesca, e encontramos enormes grafitis e obras do Vhils, que levam imensos turistas à zona. Fã de arte urbana como sou, não descansei nem o deixei descansar a Ele, enquanto não encontrei os três retratos do Vhils. 






O objectivo para a tarde era contornar o lado Oeste da Ilha, em direcção às Sete Cidades. Pelo caminho, passámos pelo Miradouro do Navio, pelo Moinho do Pico Vermelho e pela freguesia de Mosteiros. 





Lembro-me de o ter avisado, a Ele que não vai muito à bola com animais à solta, que íamos encontrar vacas à solta por todos os recantos. Ele não acreditou muito em mim, até ver. E sim, há centenas (milhares?) de vacas em todo o lado.


O dia terminou muito nublado, o que não nos permitiu ter a melhor visão da Lagoa das Sete Cidades. Ainda assim, deu para perceber o quão magnífica é a paisagem. Ficámos de voltar no último dia da viagem, na esperança de um céu mais azul.





Seguimos depois para a Lagoa de Santiago, mesmo ao lado. É muito mais pequena, mas igualmente bonita e completamente rodeada de vegetação.


O caminho em direcção a Ponta Delgada foi feito pela Vista de Rei, um caminho com uma vista fantástica que parte da zona da Lagoa das Sete Cidades. Infelizmente, o nevoeiro não nos deixou desfrutar nem fotografar a paisagem devidamente.

Em Ponta Delgada, seguimos para a zona do Porto, onde há mais uma concentração de arte urbana. Grafitis, esculturas e mais Vhils, nas paredes do Arco8. 




Para terminar o dia, e depois de um merecido descanso no Hotel (ficámos no Royal Garden Hotel, mesmo no centro de Ponta Delgada), jantámos na Forneria São Dinis, que recomendamos bastante.

Dia 2

O segundo dia amanheceu muito mais solarengo e quente. Começámos o passeio pela praia do Pópulo, com um mar azul lindo e um bar com uma esplanada apetecível.


Dirigimos-nos depois para a Caloura e para o Ilhéu de Vila Franca do Campo.



Por termos ido em "época baixa", não havia barcos para o Ilhéu. Se forem durante os meses de Verão, não deixem passar a oportunidade de lá ir. Dizem que a praia é fabulosa.


Mais vacas pelo caminho e num instante estávamos no acesso à Lagoa do Congro. Esta é - felizmente - das lagoas menos conhecidas da Ilha. 


Talvez pela dificuldade de acesso, não é muito visitada, mas também é esse facto que lhe dá um ambiente especial. Das duas vezes que lá estive, não me cruzei com mais do que cinco pessoas. A descida é íngreme, pelo meio da vegetação, e bastante acidentada. Há nascentes de água pelo meio, o que ajuda às escorregadelas na lama. Se têm dificuldade neste tipo de trajectos, principalmente em subidas íngremes, não aconselho a deslocação (a minha mãe que o diga...).


Para quem tenha coragem e vontade de fazer a descida, é recompensado com isto:




Verde, verde e verde. Água verde, árvores, musgo. E silêncio apenas cortado pelos vários pássaros. Vale MUITO a pena.


Depois da valente caminhada para a Lagoa do Congro, fomos experimentar o famoso cozido das Furnas. Optámos pelo restaurante Tony's, no Vale das Furnas. O serviço é rápido, eficaz e o cozido é delicioso. Recomendamos este restaurante!


Depois do almoço, fomos ver as famosas Furnas e os vários "buracos" onde fazem o famoso cozido. A entrada no Parque das Furnas é, desde o ano passado, paga. No entanto, o valor é simbólico, pagámos cerca de 1,30€.



Voltando ao Vale das Furnas, visitámos a Poça da D. Beija, uma nascente natural de água quente. A entrada custou-nos 2,00€ por pessoa e permite-nos utilizar os balneários e tomar banho nas diferentes "poças".



Outro sítio onde é possível experimentar as nascentes de água quente é no Parque Terra Nostra. Aqui, a entrada também é paga, mas além das piscinas de água termal há um imenso jardim. 


Há, na zona do Vale das Furnas, mais Caldeiras para ver.


Seguimos depois em direcção a Nordeste, parando em dois Miradouros:

- Ponta da Madrugada - o sol nasce mesmo aqui em frente, daí o nome do local.



- Ponta do Sossego



Depois de passarmos pela localidade de Nordeste, continuámos a contornar a ilha e tivemos a sorte de apanhar a Fábrica de Chá Gorreana ainda aberta (no site tinha obtido informações erradas sobre o horário, daí que não estivesse nos planos visitá-la neste dia). Aqui encontram-se as mais antigas - e de momento únicas - plantações de chá na Europa. É possível visitar a fábrica, conhecer os métodos de preparação e inclusive experimentar os vários tipos de chá. A visita é gratuita.



Terminámos o dia na Ponta da Ferraria, uma nascente natural de água quente onde é possível tomar banho. Não tem as mesmas temperaturas da Poça da Dona Beija ou do Parque Terra Nostra, mas nota-se que naquela zona a água do mar é bastante mais quente.


Assistimos ao pôr-do-sol no Miradouro do Escalvado, por recomendação de um casal de amigos nossos, e vale muito a pena.


O jantar foi na Taberna Saca Rolhas, em Relva, mesmo perto de Ponta Delgada. O atendimento do restaurante não nos convenceu, mas a comida era muito boa. E o bolo de ananás no final, delicioso!

Dia 3

Com outro amanhecer solarengo, rumámos directos à Lagoa das Sete Cidades. Agora sim, completamente visível, sem ponta de nevoeiro. Eu já estava rendida desde há uns anos, ele rendeu-se na hora.


Seguimos depois para a Lagoa do Fogo, outro dos cartões de visita dos Açores. Aqui, por ser numa zona mais alta, o nevoeiro já nos acompanhou, novamente. Ficámos a saber pela recepção do hotel que é possível obter informação sobre a visibilidade nas Lagoas, pelo que se têm disponibilidade para tal, o melhor é confirmarem com o vosso hotel se é a melhor altura para visitar cada uma das lagoas.



O próximo ponto foi uma estreia para ambos: a Caldeira Velha. Um parque natural com uma nascente de água quente onde também é possível tomar banho. Mais uma vez, o parque está muito bem equipado com balneários para que possamos trocar de roupa depois do banho. A entrada neste parque tem um custo de 2,00€ por pessoa.




Terminámos a nossa visita a São Miguel com o almoço em Ponta Delgada e um passeio pelo centro da cidade. Infelizmente, ao domingo à tarde todas as lojas estão fechadas, portanto se pensam comprar recordações da zona, não deixem para esse dia.

E depois de tanto escrever, acho que não são precisas mais palavras. A Ilha de São Miguel é lindíssima e vale muito a pena a visita.

Let's Run Away?

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